O Inferno

Ai levantou-se na cama. Estava farta daquela harmonia e de nao fazer nada. Ela levantou-se
da cama, e saiu do quarto.

- Ohayo Oba-chan.

Ai, nao fiques assim. Tens que ter paciencia.

- Demo... é dificil... Oba eu vou dar uma volta para ver se encontro algo de interessante.

Esta bem Ai. Nao chegues tarde...

Ai abanou a cabeça. Saíu de casa e foi para a Cidade.

Ai chegou a casa. Ela estava cansada, e so pensava no que
tinha acontecido.

A Miaka... estava a proteger a pessoa que queria lhe fazer tanto mal... o odio
que ela sentia, foi transformado em amor...

Ela sentou-se nas escadas e começou a mexer numa flor.

Será que virei a Mion, no inferno... o que será feito dela...

- Senhora... o que faz aqui tao tarde?- disse Ren aparecendo ao lado de Ai,
de surpresa.

- Estive noutro mundo... e só cheguei agora...

- Noutro mundo?

- Sim... num mundo, diferente...

- E se nao tou em erro... a Senhora viu alguma coisa
que a espantou demasiado.

- Acertaste... mas nao quero falar nisso Ren... agora so quero descansar.

Ai levantou-se deixando Ren nas escadas. Ela entrou em casa e sem
dizer nem uma palavra, foi para o seu quarto e fechou-se lá dentro.

Ai estava sentada na sala, e viu o computador brilhar.

- Mas... Como é que pode ser possivel???

Ai aproximou-se do computador e derrepente viu o reflexo de um
altar, de outro mundo.

- Mas... a marca do inferno não pode ir para mais ninguem
a nao ser que eu dê o boneco...

Ai olhou para a sombra da avó e perguntou-lhe.

- Oba-chan... Isto pode acontecer??

- Ai Ai... Isto pode acontecer... Um poder sobrenatural pode
fazer isto... Mas isso quer dizer que alguem te chamará... por isso prepara-te Ai-chan...

Ai estava confusa, mas ficou a pensar no assunto. Ela sentou-se á frente do computador
para ver o que naquele mundo estranho iria acontecer.

Litta aperra em frente a uma árvore. Levanta-se e caminha em direcção ao lago.

- Estou no Inferno...

Litta olha para a palma das suas mãos. O símbolo estava lá... e estava a começar a brilhar.
Olhou para os lados e viu uma casa, com um jardim à fente. Andou até ao jardim e ficou a olhor para a casa.
Havia algo lá dentro...

- Jigoku Shoujo... Enma Ai...

Um sorriso apareceu nos seus lábios. Talvez ficasse a conhecer a rapariga que fazia as vinganças... e que deixava o símbolo do inferno no peito das pessoas que tinham pedido vingança...
Litta lembra-se do dia em que lhe apareceu a marca do inferno nas mãos. Nunca a tinha usado, até hoje... e gostou...

- Será que ela aparecerá? Dizem que tem os olhos cor-de-sangue... como os meus...

Litta sentou-se no chão fora da casa. Talvez ela aparecesse...

Ai sentiu uma presença estranha no jardim.

- Mas... Que presença é esta??

Ai levantou-se e caminhou para o jardim, ela abriu a porta
e viu uma rapariga sentada lá.

Quem será ela? Como é que conseguiu vir aqui?

Ai aproximou-se da rapariga e sentou-se ao seu lado olhando nos
olhos vermelhos dela.

- Quem és tu?

Litta olhou para Enma, um pouco espantada. Então era ela a rapariga dos bonecos?

- Eu sou a Litta, e tu deves ser a Enma Ai, certo?

Litta tentou ser um pouco amigável para Enma. Ela sempre se tinha fascinado por outros mundos, especialmente se tivessem alguma relacção com a Morte.
Litta olhou para Enma nos olhos. Sabia muito pouco sobre ela, coisa que não era normal, pois gostava de se manter informada.

- Como ficas-te presa a este maravilhoso mundo chamado Inferno?

Ai ainda estava confusa por Litta ter conseguido entrar ali.

- Sim, eu sou a Enma Ai...

Quando Litta perguntou como é que Ai tinha ficado presa ali, Ai virou a
cara e começou a mexer numa flor.

- Não precisas saber o meu passado...



Onna apareceu mesmo á frente da Ai e da outra rapariga.

- Desculpa, mas tu não tens que perguntar nada a Senhora!

Ela olhou para a Ai e viu que ela tinha ficado perturbada
com essa pergunta.

Senhora... perguntam-lhe sempre sobre o seu passado... mas tenta
sempre dar a impressão que nao se importa...

Onna olha para a outra rapariga e fixa o seu olhar nela.



Ai olhou para a Onna.

- Onna... podes ir... não é preciso te preocupares... eu estou bem..

Onna ouviu as palavras da Ai, e desapareceu. Ai olhou para
a Litta, e sem responder á pergunta dela disse.

- Mas... porque é que tu achas que o Inferno é um mundo maravilhoso?

Uma mistura de confusão e ansiedade passaram pelos olhos vermelhos de Litta. Evitar assuntos era coisa que ela fazia...

- Não sei... simplesmente adoro a morte!

Litta olhou para Ai. Aquela menina não sabia nada sobre ela.

- Tenho um trabalho que adoro: matar pessoas, tal como tu, Enma-san..

Sorriu e olhou para o céu. Vermelho... a sua cor preferida... a cor do sangue das suas vítimas.

- E o que tu achas do inferno? Não há muitas pessoas que vêem para cá, a não ser que morram...

Um sorriso assassino formou-se nos lábios de Litta. Apetecia-lhe matar alguém, mas apenas matava pessoas que tinham más intenções...
Não havendo ninguém com más intenções, começava a ficar frustrada.

Ao ouvir a resposta da Litta, Ai olhou para o céu.

- A morte... Eu nao mato pessoas... Tens uma má imagem em realação
a mim... posso viver aqui... trazer as pessoas para o inferno... mas nao as mato... nao
sou nenhuma assassina... apenas dou o desejo de vingança ás pessoas que se querem
vingar mas depois elas... teram o mesmo destino...

Ela olhou para a Litta e Ai começava a lembrar-se de algumas
pessoas que tinham ido para o Inferno.

- Para mim... o Inferno... é um mundo diferente... é onde existe
sentimentos de tristeza... alguns de arrependimento... mas quando elas
se apercebem já é tarde demais...

Ai tinha respondido friamente, ela sempre foi assim, respondia sem sentimentos
de uma forma triste, fria e solitária.

Litta olhou para Ai, divertida.

- Matar ou não... ao as trazeres para aqui, elas morrem... por isso, podes ser considerada assassina...

Litta voltou a olhar para o céu.

- Aqui nunca é dia nem noite... isso é a principal razão para eu gostar deste lugar...

Os olhos de Litta ficaram um pouco tristes. Conversas civilizadas não eram com ela, mas quando as tinha, aguentava-se.
Litta levantou-se e ficou em frente a Enma.

- Vou indo.

O símbolo do inferno começou a brilhar na sua mão e ela apontou-a para o lago.
- Vou investigar sobre ti. Interessas-me...

Um portal abriu-se e Litta começou a andar até ele.

Ai viu o simbolo do Inferno na mão da Litta.

Que estranho... Eu nao me lembro de ter acontecido alguma coisa
em relação a ela...

- Não vais descobrir nada sobre mim... eu nao existo...

Ela viu a Litta andar para o portal que tinha aberto
e levantou-se.

- No outro mundo eu nao sou ninguem... sou apenas... aquela... que vive
com o desejo de vigança dos outros...

Ai desapareceu de onde estava e apareceu á frente da Litta. Ela agarrou
na mão da Litta e aprtou-o com força.

- E tu... tem cuidado com aquilo que fazes... pois a proxima a vir para o sitio
que tanto adoras... podes ser tu...

Litta soltou a mão.

- Pois posso, mas não serei...

Litta fez um sorriso frio para Enma.

- EU sou imortal... apenas viajo entre mundos como diversão. A morte é apenas um passatempo...

Litta empurrou Enma para o lado e entrou no portal. Enma era uma rapariga interessante...

Ai fez um sorriso depois da Litta ter lhe emporrado.

- O que tu pensas... está errado...

Ela viu a Litta desaparecer no portal e sentou-se no chão.

- Como eu lhe disse... Eu nao mato as pessoas... elas vêm vivas para aqui... e vivas estão
no Inferno... Por isso ser imortal ou nao ser... nao impede de nada...

- Aquela rapariga nao vai acreditar em si... Senhora... - disse Ren

- Eu sei que não... mas quando ela ir para o verdadeiro Inferno... vai acreditar
mas... aí será tarde de mais...

- Agora nao tem com que se preocupar Senhora...

Ai deitou-se nas ervas do jardim, olhando para o ceu, e pensando na Litta, uma rapariga
estranha...